Confesso que a minha reação
quando planejamos viajar ao Camboja foi de um certo desprezo, não sou muito
adepto a viagens por onde não domino a cultura e a língua, mas a turma era
muito boa e o roteiro muito bem elaborado.
Depois de uma passagem pelo
Vietnam, continuamos nossa viagem ao Camboja e as belas surpresas começaram já
no aeroporto, onde fomos recebidos pela empresa local que providenciou toda a
documentação necessária para a entrada neste país. (Não se deve viajar ao
Camboja sem um serviço de receptivo.)
No caminho, fomos
conhecendo um pouco da história do Camboja, um país do Sudeste Asiático, que
faz fronteira com Tailândia, Laos e Vietnã e parte da região anteriormente
chamada de “Indochina” queincluía os países Vietnã e Laos. Apesar de Siem Reap
ser a cidade mais popular, a capital do país é Phnon Penh. O idioma oficial é o
Khmer.
Hospedamos emSiem Reapque é
a cidade-base para se explorar o Complexo de Angkor, que foi a capital do
Império Khmer entre os séculos 9 e 13, uma cidade muito divertida com um certo
charme, cheia de restaurantes, bares e hotéis bonitos.
O ponto alto do Camboja é Angkor,
um parque arqueológico com 400km2 e centenas de templos e ruínas absurdamente
incríveis, que gastam um dia inteiro de visitação e nos deixa a impressão de que
poderíamos voltar por mais um dia, tamanha a beleza e as edificações de suas
ruínas.
Ficamos muito
impressionados com a simplicidade e o sorriso dos cidadãos, sempre prontos para
te agradar e te oferecer aquilo que eles têm de melhor, seja na gastronomia ou
nas belezas naturais. Mas por traz desta simplicidade é que conhecemos a
história sofrida deste povo.
O Camboja teve seu período
de glória no Império Khmer. A monarquia sobreviveu até 1431, quando os
tailandeses dominaram Angkor Thom e o rei cambojano fugiu para o sul do
país. O Rei acabou pedindo ajuda e
proteção da França, e o país se tornou Colônia Francesa de 1863 a 1953 (com
exceção do período de 1941 a 1945, ocupado pelas forças da Tailândia e do Japão
durante a Segunda Guerra Mundial).
Na segunda metade do século
XX, as forças do Khmer Vermelho assumiram o controle do Camboja, sob a
liderança de Pol Pot e assim surgiu um programa de execuções que matava tudo e
todos que tinham qualquer ligação ou simpatia com o governo anterior. As pessoas
eram mortas por motivos ainda mais banais, por não trabalharem, por reclamarem,
por guardarem comida, por usarem joias, por fazerem sexo sem autorização ou por
chorarem a morte de algum amigo.
O regime comunista do Khmer
Rouge exigiu o deslocamento de toda a população das áreas urbanas para os
campos, evacuando até mesmo hospitais, mas o motivo real era educá-los e
eliminar a ideia de propriedade privada.
Se já não bastasse a
existência de um governo sem escrúpulos como este, o território cambojano era
bombardeado pelas forças norte-americanas quase que diariamente.
A chacina do Khmer Rouge
durou até 1979, e apesar de ser uma história super recente, pouco se sabe sobre
os detalhes, já que quase não restaram testemunhas.
Muita coisa ainda aconteceu
depois de 1979, e a monarquia constitucional foi restaurada só em 1993. Hoje, o
Rei é Norodom Sihamoni, e o primeiro-ministro é Hun Sen. Pol Pot passou 18 anos
escondido na selva, e só em 1998 morreu de causas naturais, em prisão perpétua.
A reconstrução do país se
dá paulatinamente e é visível a dor pela qual as pessoas passaram há tão pouco
tempo.
O turismo tem sido uma das
principais fontes de renda deste país, que sem dúvida deve ser visitado!
Alguns locais são
imperdíveis, como Angkor Wat, a
maior construção religiosa do mundo, e foi construído no século XII como
mausoléu para o rei Suryavarman II e como templo hinduísta – uma homenagem ao
deus Vishnu. É o símbolo e o orgulho nacional, está até mesmo estampado na
bandeira do país. Hoje é um templo budista.
Angkor Thom a última capital do Império Khmer,
construída no final do século XII pelo rei Jayavarman VII. A cidade fortificada
tem 10km2 e dentro de seus portões, vários templos e ruínas lindíssimos.Bayon são 54 torres em estilo gótico decoradas
com 216 faces gigantes sorridentes. O que mais impressiona no Baphuon é o trabalho que tiveram para
que você o visse como ele é hoje. Conhecido como o maior quebra-cabeça do
mundo, pois encontrava-se completamente devastado e todos os registros foram
destruídos durante os anos do Khmer Rouge.
Não se deve deixar, se o
tempo permitir de visitar ainda, TaProhm, que é o templo que foi “engolido”
pela natureza e onde foi filmado Lara Croft : Tomb Raider com Angelina
Jolie e ainda BanteaySrei
, um templo em Angkor, porém um pouco mais afastado
que os demais citados aqui. Por isso, para chegar, melhor estar de carro ou
taxi do que de tuc-tuc.
O Camboja tem em sua
gastronomia um dos pontos mais altos, muito parecida com a tailandesa , só que
bem menos apimentada. Também são usadas muitas ervas comuns do Vietnã. As sopas
estão presentes em quase todas as refeições.
Em nossa visita, conhecemos o prato mais tradicional e
popular, o Fish Amok, um curry suave
de peixe, cozido no coco, com uma textura de soufflé.Leve e muito saboroso que
facilmente é encontrado nos melhores restaurantes, como o recomendo o EMBASSY , este restaurante é uma
preciosidade. É uma verdadeira viagem experimental gastronômica, optando pela
fusão de produtos locais com critérios e estilos franceses.
Outra maravilha é o Char kreung, uma
pasta apimentada, feita com capim-limão, geralmente usada no preparo de carnes
ou frango. Aliás o lemongrass (capim-limão) está fortemente presente na
culinária Khmer. Outro ingrediente que se encontra em muitos pratos é o
gengibre. Vá também ao restaurante MADAME BUTTERFLY, imperdível !.
Recomendo o FCC ANGKOR . Localizado na mansão de ex governador francês , com vista
para o rio Siem Reap , oferece um extenso menu de pratos internacionais , de
fusão e contemporâneos de inspiração local
Não poderia passar pelo
Camboja e não provar as suas carnes exóticas, que é servido como “churrasco” de
mesa, ou BBQ cambojano (phnompleung). As carnes vêm acomodadas em uma espécie
de grill na qual você mesmo frita diferentes tipos de carne. Algumas dessas carnes estranhas são de cobra,
crocodilo, tubarão, canguru, avestruz.
A moeda oficial do país é o
Riel (KHR) mas não troque dinheiro. Leve apenas dólares (USD)! Todos os lugares
aceitam a moeda americana, inclusive os preços dos estabelecimentos estão em dólar.
Deve-se levar dinheiro cash, não se aceita muito cartão de
crédito, exceto hotéis e restaurantes maiores. Tudo no Camboja é muito barato
desde os hotéis, comida, souvenirs, mas a maior lembrança que se leva desta
terra é o sorriso amável e a educação deste povo.
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